Máxima
Busca
Facebook MáximaTwitter MáximaInstagram MáximaGoogle News Máxima
LGBT / DIREITOS

MST tem campanha permanente pelo fim da LGBTfobia no campo

“A ideia é que a partir de cada realidade, possamos construir instrumentos e ferramentas organizativas, portanto coletivas"

Ezatamentchy Publicado em 14/06/2024, às 10h10

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
MST: combate a todas as formas de violência é um componente importante do projeto político - MST/Reprodução
MST: combate a todas as formas de violência é um componente importante do projeto político - MST/Reprodução
Diante da necessidade de construir iniciativas de formação e de enfrentamento à LGBTI+fobia, com ações estratégias intersetoriais nos diversos espaços organizativos do MST, o MST continua sua Campanha Permanente Contra a LGBTI+fobia no Campo. Para o Coletivo LGBT Sem Terra do MST, a luta contra a LGBTI+fobia, no combate a todas as formas de violência, é um componente importante do projeto político e indispensável para construção da Reforma Agrária Popular no Brasil.

“A ideia é que a partir de cada realidade, possamos construir instrumentos e ferramentas organizativas, portanto coletivas, que nos ajudem no monitoramento, acolhida e combate a todo tipo de violência, seja ela, psicológica, patrimonial, física, entre outras”, afirma Wesley Lima, do coletivo LGBT Sem Terra.

A campanha é permanente, ocorrendo por tempo indeterminado e também está sendo realizada pela Via Campesina Brasil e os movimentos camponeses que integram a organização, como o MST. A intenção é realizar um trabalho permanente junto à base social, militância Sem Terra e nas instâncias organizativas do MST, para enfrentar às diversas violências e estruturar ações coletivas na busca de relações e territórios da Reforma Agrária Popular emancipados e livres de qualquer tipo de violência contra qualquer pessoa.
“A ideia é que a partir de cada realidade, possamos construir instrumentos e ferramentas organizativas"

A LGBTI+fobia vem avançando no Brasil. Somente em 2021, foram registradas pelo menos 316 mortes violentas de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersexo (LGBTI+). Esse número representa um aumento de 33,3% em relação ao ano anterior, quando aconteceram 237 mortes. Os dados constam no Dossiê de Mortes e Violências contra LGBTI+ no Brasil. Entre os crimes ocorridos, 262 foram de homicídios (o que corresponde a 82,91% dos casos), 26 de suicídios (8,23%), 23 latrocínios (7,28%) e cinco mortes por outras causas (1,58%).

A campanha conta com um conjunto de materiais de subsídios para formação, que são enviado para a base do MST nos estados, como cartilha e cartaz com orientações, além de materiais de divulgação no site do Movimento e nas redes sociais. A campanha prevê ainda, um conjunto de outras ações como conferências online, debates, cursos de formação e articulação com outros movimentos e organizações populares, e parceiros para a construção de uma rede de denúncia, apoio e acolhimento às pessoas que sofreram algum tipo de violência, entre elas, a LGBTI+fobia.

Por Ezatamentchy