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Sodomita fala sobre opressão religiosa contra comunidade LGBTQIAPN+ com tom irônico

O livro de Alexandre Vidal Porto usa a ironia para contar a história de Luís Delgado

Máxima Digital Publicado em 03/10/2023, às 12h20

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Sodomita fala sobre opressão religiosa contra comunidade LGBTQIAPN+ com tom irônico - Divulgação
Sodomita fala sobre opressão religiosa contra comunidade LGBTQIAPN+ com tom irônico - Divulgação

Sodomita, livro de Alexandre Vidal Porto, conta a história do século XVII de um homem português acusado pela Igreja pelo crime de sodomia e é expulso da metrópole em direção à colônia. 

A história é baseada nas vivências de Luis Delgado e ganha um toque de ficção pelo autor Alexandre, no romance, o ator discute preconceito, perseguição e homofobia com ironia e crítica.

Na obra, o leitor irá conhecer a história de Delgado que se reinventa em Salvador, e de “sodomita” ele vira um “respeitável” comerciante, além de assumir um casamento de fachada e se entregar ao prazer com os rapazes da colônia.

“Caiu no meu colo por um acaso essa história. Tava lendo a História da Homossexualidade e me deparei com o caso. Depois, o Luiz Mott me passou outros textos e pensei: ‘Isso dá um livro'”, disse Alexandre Vidal Porto ao Metrópoles.

“No caso de o Sodomita, tem um aspecto adicional. O livro foi escrito em tempos de bolsonarismo, quando se tinha um sentimento muito prevalente entre as minorias sexuais de opressão quadruplicada, uma atmosfera pesada. A obra vem como uma manifestão de que existimos, uma manifestação da existência”, completou ele.

Já o tom irônico do livro se dá na mistura entre um “falso português arcaico” e a linguagem contemporânea, além da junção que Vidal classifica como um “pastiche”.

“Eu queria que o texto tivesse um sabor artificial, falsificado, que desse uma sensação de que você está em outra época, até que se descobre que é uma ironia”, pontuou.