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Na TV / Big Brother Brasil

BBB21: Karol Conká é acusada de racismo por afirmar que indígenas trocaram terras por espelhos e migalhas

A rapper associou a relação de Carla Diaz, João e Camilla de Lucas com tese racista sobre indígenas

Máxima Digital Publicado em 16/02/2021, às 17h25

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Karol Conká é acusada de racismo por afirmar que indígenas “trocaram terra por espelhos” - Reprodução/ Globo
Karol Conká é acusada de racismo por afirmar que indígenas “trocaram terra por espelhos” - Reprodução/ Globo

A cantora Karol Conká se envolveu em mais uma fala polêmica dentro do BBB21. A rapper já foi acusada de ser transfóbica por se referir à mulher apenas aquelas que tem vulva, quando existem mulheres com pênis; também foi acusada de intolerância religiosa por falar da religião de Lucas e em conversa com outros brothers; foi acusada de ser xenofóbica ao se referir as falar de Juliette; foi centro de debates sobre rivalidade feminina e abuso psicológicos.

Nesta terça-feira, 16, a rapper ao comentar sobre a amizade de três participantes do reality show, Carla Diaz, João e Camilla de Lucas, reproduziu um comportamento preconceituoso.

Enquanto Lumena dizia que atriz Carla se aproveitava do fato de João Luiz e Camilla de Lucas serem negros para usar como favorecimento de imagem, Karol fez uma correlação com a colonização dos indígenas no Brasil e usou de uma tese considerada racista.

“Eles aceitam migalhas. Aceitam espelhinho, entrega as terras em troca de espelho”, disse a rapper. A psicóloga concordou.

A declaração foi duramente criticada nas redes sociais. Karibuxi, comunicadora indígena, se posicionou: “A Karol Conká em conversa com Lumena propagando racismo anti-indígena. Ninguém trocou terra por espelhos, nossos povos tiveram suas terras invadidas e foram escravizados nelas. Quando for o paredão das duas vou votar até o dedo cair”.

Ela também falou sobre as críticas das duas sobre Lucas Penteado: "Falaram tanto que Lucas tinha militância egoica mas no fundo é que só elas queriam ‘militar’ na casa. Não aguentaram o fato de Lucas ser de luta e linha de frente. Mas racismo anti indígena, ‘mamacita fala vagabundo senta’, transfobia, assédio psicológico não é ‘militância'”.
Ana Patté, integrante da Articulação dos povos indígenas do Brasil, também se pronunciou sobre as falas de Karol.
"Acompanhe abaixo o desfecho da conversa, mas chamo atenção para a seguinte fala:
'Mas eles aceitam migalhas. Aceitam espelhinho, entrega as terras em troca de espelho', disparou Karol.  Essa fala carregada de racismo violência histórica, reforçando estereótipo do bom selvagem, que anula toda história de massacre e extermínio dos povos Indígenas, na invasão do Brasil, com projeto de colonização", começou.
"Colonização não somente das mentes que se tornaram adoecidas, como também a colonização das relações, das terras. Não permitiremos assitir discursos como estes sem nos posicionar. Esse discurso na maioria das vezes são reproduzidos pelas escolas de que o Brasil foi descoberto e não invadido, reproduz ainda que nos conquistaram trocando nossas terras por espelho. Nós sabemos que essa é a primeira Fake News da história, nós não somos exatamente os primeiros a chegar, nós somos os primeiros a estar. Respeite os povos originários, respeite a nossa história", finalizou.