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Visão empreendedora

A mineira Sabrina Nunes começou a trajetória profissional cortando cana de açúcar. Hoje, com apenas 31 anos, lidera uma empresa que faturou 2,5 milhões em 2016. Conheça essa história de sucesso

Texto: Patrícia Affonso Publicado em 30/01/2017, às 12h25 - Atualizado em 22/08/2019, às 01h40

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Visão empreendedora - ARQUIVO PESSOAL
Visão empreendedora - ARQUIVO PESSOAL
Por volta dos 22 anos, resolvi que queria ganhar o meu próprio dinheiro. Embora eu seja do interior de Minas Gerais, a oportunidade de trabalho surgiu no Mato Grosso do Sul, numa usina de cana. A princípio, era para eu atuar no setor administrativo, mas quando cheguei lá a vaga não existia mais. A única possibilidade era cortar cana. Aceitei na hora. A atividade dura e cansativa não me fez desistir, porém eu queria melhorar de vida. 

Pesquisei sobre o programa de bolsas de estudos ProUni e fui para o Rio de Janeiro, morar na casa de parentes, em busca de melhores oportunidades. Comecei a cursar engenharia e trabalhar na área de vendas. Ali, descobri minha vocação. Certo dia, li uma matéria sobre e-commerce na qual a entrevistada contava que conseguia tirar um bom dinheiro com uma lojinha online. Foi o estalo de que eu precisava! Com R$ 50, comprei alguns acessórios e criei uma vitrine num site. Um dia, recebi uma proposta para contratar o serviço de e-mail marketing e, assim, alcançar mais pessoas com meus produtos. Apostei todas as minhas fi chas (e economias — R$ 300) nisso. Resultado: na semana seguinte já tinha vendido R$ 3 mil. 

Comecei a me engajar, a participar de feiras e faturar ainda mais. Em dois anos larguei o emprego para me dedicar à minha marca, a Francisca Joias Contemporâneas. Não é fácil ser revendedora. Tinha problemas com falta de material de divulgação, reposição de peças, qualidade... Então achei que era hora de dar mais um passo: produzir itens próprios. Hoje, idealizo as peças e conto com parceiros que as confeccionam com exclusividade para a loja. A Francisca Joias possui 13 colaboradores diretos, mais de 600 revendedoras pelo Brasil e fatura, em média, R$ 200 mil por mês. Acho que o pulo do gato para o sucesso é não se render ao amadorismo. Tenha entrada e saída de caixa, seja consciente na hora da compra, não venda fi ado, junte-se a bons parceiros. E, sobretudo, assuma que não dá para ser boa em tudo. É preciso contratar pessoas qualificadas para atender as necessidades da sua marca.