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Outubro Rosa

Outubro Rosa: Gravidez, menstruação e amamentação estão diretamente ligadas ao risco de desenvolver câncer de mama

Obstetriz Mariana Betioli explicou como a gravidez e a amamentação podem reduzir as chances de desenvolver câncer de mama

Máxima Digital Publicado em 12/10/2022, às 14h00

O Outubro Rosa chegou e com ele a intensificação de notícias sobre o tema que busca conscientizar a população sobre a prevenção do câncer de mama. Entre os assuntos, mitos e verdades circulam e geram dúvidas em quem busca informação. Para as gestantes e lactantes, a notícia é positiva. Tanto grávidas como mulheres que estão amamentando têm chances reduzidas de desenvolver esse tipo de câncer.

"Não é mito! Tanto a gravidez como a amamentação podem reduzir a incidência do câncer de mama e poucas pessoas sabem dessa informação", comentou Mariana Betioli, que é obstetriz especialista em saúde íntima e CEO da Inciclo.

A gravidez influencia diminuindo o risco da doença a cada gestação da mulher. Isso ocorre, segundo a especialista, por conta da interrupção dos ciclos menstruais e, consequentemente, da ovulação.

"A cada ovulação, a mulher libera uma quantidade maior de alguns hormônios e com o passar do tempo esse efeito cumulativo aumenta o risco de desenvolver um tumor. Durante a gravidez, com a ovulação interrompida, há menos exposição a esses hormônios, o que pode contribuir positivamente reduzindo o risco da doença. Há estudos que mostram a diminuição de 7% no risco de câncer de mama a cada gestação", contou Mariana.

A amamentação também influencia na incidência desse tipo de câncer. Assim como o período de gestação, durante a amamentação a mulher pode ter a ovulação suspensa.

"Nesse caso, a suspensão acontece devido ao fato de o corpo produzir um hormônio chamado prolactina, responsável pela produção de leite, e que inibe a ovulação, impedindo, portanto, a menstruação", explicou a obstetriz.

Além da menor exposição aos hormônios, amamentar pode contribuir por outros fatores: "O desgaste do tecido mamário durante a amamentação seguido de sua renovação contribui para a diminuição do risco de câncer de mama. Esse processo elimina células com danos no DNA e mutações que poderiam se transformar em um tumor".

A obstetriz ainda indica que o risco diminui proporcionalmente ao tempo de amamentação.

"Os estudos mostram a diminuição do risco de câncer de mama em 4,3% para cada 12 meses de amamentação. Ou seja, quanto mais tempo a mulher amamentar, menor será o risco de desenvolver câncer de mama", finalizou a obstetriz.

Betioli Mariana

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