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Após Larissa Manoela expor seus pais, psicóloga explica como reconhecer comportamentos prejudiciais na relação parental

Em exclusiva à Máxima, a psicóloga Luana Ganzert explicou como reconhecer um relacionamento prejudicial com os pais

Máxima Digital Publicado em 15/08/2023, às 14h00

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Após Larissa Manoela expor seus pais, psicóloga explica como reconhecer comportamentos prejudiciais na relação parental - Instagram
Após Larissa Manoela expor seus pais, psicóloga explica como reconhecer comportamentos prejudiciais na relação parental - Instagram

Larissa Manoela é o assunto do momento. A atriz resolveu pedir que seus pais se afastassem do controle de sua carreira artística e, sua decisão, imputou que os mesmos rompessem laços com ela. 

A estrela resolveu explicar detalhes de sua versão da história em uma entrevista ao Fantástico, exibida no último domingo, 13, e comoveu os internautas com seu depoimento.

Em exclusiva à Máxima, a psicóloga Luana Ganzert, especialista em questões emocionais, explicou como reconhecer um relacionamento prejudicial com os pais.

"A relação pais e filhos é uma das mais importantes e significativas em nossas vidas. É através dela que aprendemos valores, princípios e desenvolvemos nossa personalidade. É importante que os pais estejam presentes na vida dos filhos, oferecendo amor, apoio emocional e educacional, além de um ambiente seguro e saudável para o desenvolvimento da criança. Uma relação saudável entre pais e filhos também envolve comunicação aberta e honesta, respeito mútuo e a capacidade de entender as necessidades e desejos um do outro. Essa relação pode durar para sempre e ser uma fonte de conforto, apoio e amor ao longo da vida.", disse. 

A especialista exemplificou a situação. "Quando existe um comportamento dos pais contrário ao esperado, uma exploração, por exemplo, essa é uma situação extremamente preocupante e prejudicial para ambas as partes. Infelizmente, existem casos em que os pais podem utilizar seus filhos para obter benefícios pessoais, seja financeiro, emocionais ou sociais. Isso pode incluir utilizar a imagem da criança/adolescente para ganhos pessoais, negligenciar suas necessidades básicas em prol dos interesses dos pais. É fundamental denunciar casos de exploração de qualquer espécie, às autoridades competentes e buscar apoio de profissionais especializados para proteger esse ser humano e garantir seu bem-estar.", falou.

"Quando isso acontece em uma relação parental, podemos pensar em vários fatores, incluindo o transtorno de personalidade narcisista. Pais narcisistas são aqueles que possuem um transtorno caracterizado por um amor excessivo por si mesmo e uma falta de empatia em relação aos outros, incluindo seus próprios filhos. Esses pais tendem a se colocar em primeiro lugar, buscando constantemente validação e admiração, muitas vezes às custas do bem-estar emocional dos filhos. Eles podem negligenciar as necessidades emocionais dos filhos, desvalorizá-los, manipulá-los e até mesmo abusar emocionalmente. É importante reconhecer os sinais de um pai narcisista e buscar apoio profissional para lidar com essa dinâmica familiar tóxica. Os filhos de pais narcisistas podem enfrentar desafios significativos, mas com o suporte adequado, é possível curar feridas emocionais e construir relacionamentos saudáveis a partir do reconhecimento.
Os pais sempre serão pais, e deveriam por toda vida, amar, cuidar, proteger. Porém, em cada fase existe uma forma mais adequada de intervenção.", colocou.

A psicóloga orientou como os pais devem proceder. "Por exemplo, os pais devem tomar decisões pelos filhos quando eles são muito jovens e ainda não têm capacidade de discernimento ou compreensão suficiente para tomar decisões por si mesmos. Conforme as crianças crescem e se desenvolvem, é importante gradualmente permitir que elas participem do processo de tomada de decisão, de acordo com sua maturidade e capacidade de compreender as consequências. Não há uma idade específica em que os pais devem parar de decidir pelos filhos, pois cada ser humano é único e se desenvolve em ritmos diferentes. O importante é promover uma transição gradual para a autonomia, permitindo que os filhos assumam cada vez mais responsabilidades e tomem decisões adequadas à sua idade e capacidade.", falou.

"No fundo, pais podem intervir na vida dos filhos de forma positiva, oferecendo orientação, apoio emocional e educacional e um ambiente seguro e saudável para o desenvolvimento enquanto o filho ainda é uma criança. No entanto, é importante que essa intervenção seja equilibrada e respeite a individualidade e autonomia. Os pais devem permitir que seus filhos tomem decisões importantes por conta própria, respeitando suas escolhas e incentivando a independência. Quando os pais interferem excessivamente na vida dos filhos, podem prejudicar sua autoestima, confiança e capacidade de tomar decisões importantes no futuro. É importante que os pais encontrem um equilíbrio saudável entre orientação e liberdade para permitir que seus filhos cresçam e se desenvolvam de maneira saudável e independente.", finalizou a especialista.