Máxima
Busca
Facebook MáximaTwitter MáximaInstagram MáximaGoogle News Máxima
Famosos / Famosos

Mônica Martelli publica vídeo emocionante de mãe, que está tratando o sexto câncer

Marilena Garcia está passando pela quimioterapia para tratar o sexto câncer em cinco anos

Máxima Digital Publicado em 25/11/2022, às 18h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Mônica Martelli pública vídeo emocionante de mãe, que está tratando o sexto câncer - Instagram
Mônica Martelli pública vídeo emocionante de mãe, que está tratando o sexto câncer - Instagram

Nessa semana, Mônica Martelli usou suas redes sociais para compartilhar um vídeo de sua mãe, Marilena Garcia, de 77 anos, onde ela dizia que na última quinta-feira, 24, começou um novo ciclo de quimioterapia para tratar um câncer no pulmão. A mãe da atriz contou que em 32 anos já lutou contra a doença 5 vezes.

“Mãe, você é uma inspiração na minha existência. Te amo. Estamos juntas", escreveu Mônica, de 54 anos, na rede social.

No vídeo Marilena dizia: "Olá, pessoal! Marilena Garcia, macaense, feminista, ativista. Fazendo esse vídeo, que é um vídeo muito especial, em que eu compartilho com vocês esse momento muito difícil da minha vida, que é o momento do enfrentamento do sexto câncer. Seis! Em 32 anos, foram seis cânceres. Há 32 anos que convivo com as incertezas, os medos, as angústias, as alegrias, na espera dos exames, dos laudos.”

“Mas hoje é um momento muito especial, porque eu inicio amanhã [quinta-feira, 24] o ciclo da quimioterapia. Fiz um câncer de pulmão, que demonstrou muita agressividade. Ele já foi diagnosticado há mais de um mês e meio, já passei pelo ciclo da radioterapia e amanhã inicio a quimioterapia.”, continuou.

“Então vocês estão me vendo assim, peladinha (risos), porque daqui a dez, quinze dias também não vou ter esse cabelinho aqui porque tem a queda dos cabelos.”, explicou.

“Esse sexto câncer me trouxe uma novidade muito grande. Eu nunca senti dor. Nunca senti dor nos dois cânceres de mama, no da conjuntiva, e nos outros dois de pulmão, nunca senti dor. Só que esse teve uma característica que o tumor avançou, chegou na pleura, que é uma região nervosa, né? E eu senti muita dor.", acrescentou.

"Eu senti muita dor e fui submetida a todo um tratamento em um centro de terapia intensiva de dor para poder ter condições de fazer radioterapia. E esses medicamentos, claro que, com o passar dos dias, eles vão controlando a dor, mas eles te põem numa condição assim meio paradinha, né? Para mim até que é bom porque eu sou excitada demais, então eu fico mais paradinha", contou.

"Mas como tem o decadron, que vocês estão vendo que estou bochechuda, é efeito decadron e ele excita, então é um barato esquisito (risos). O quê que quero dizer para vocês? A vida não é boa nem ruim, a vida é a vida. A vida nos traz momentos de alegria, de surpresa, de decepção, de muito medo, de expectativa, que é isso que estou vivendo agora, mas ela tem uma característica que as pessoas não conseguem perceber com clareza: vida/morte.”, falou.

“A única certeza que temos quando nascemos é que vamos morrer. Todos nós. E não quero falar de morte. Quero falar que a morte, que é a única certeza que nós temos desde que nascemos, pode melhorar a nossa qualidade de vida. Será que a gente tem que esperar adoecer, que a gente tem que esperar aquele mundão de problemas que na realidade se resume a um no final das contas, para ser feliz? Para ter alguns momentos de tranquilidade? Será? Será que a gente tem algum caminho para aprender?", questionou ela.

"Eu diria a vocês que não queria ter no meu histórico seis cânceres. Não queria ter nenhum. Mas aconteceu. E em cada câncer que eu fiz, o desafio foi grande. Eu tenho uma característica boa, que eu sou muito curiosa, então esse desafio de cada câncer me fez, dada a minha curiosidade, buscar brechas para me salvar. Brechas, aberturas, pequenos caminhozinhos que você vai encontrando para ter mais paz, para ter mais empatia pelo outro. Eu cresci muito. Amanhã eu começo um ciclo longo de quimioterapia.”, refletiu.

“Quimioterapia não é legal, não tem nada de bom. Mas é um caminho de aprendizado para mim porque me predispus a fazer desses desafios que a vida me manda momentos de possibilidades. Quero agradecer as manifestações de carinho, as orações, os acolhimentos. São muito necessários. Estou aqui, eu pretendo sempre que puder e que desejar, fazer uns áudios para vocês registrarem num momento de intensa dor.”, disse.

“É possível a gente atravessar, principalmente nós, mulheres privilegiadas. Nós temos amor da família, dos amigos, temos ciência, e a tecnologia do nosso lado. Nesse momento pensar em todas as mulheres e homens -- de todas as idades, raças -- que nós temos um compromisso ético com a vida. E um compromisso ético com a vida é colaborar, ajudar, acolher, amar, se solidarizar. Viva a esperança do esperançar. Obrigada a vocês!", finalizou.