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Erika Hilton sobre lei que proíbe casamento homoafetivo: "Cortina de fumaça"

Na última terça-feira, 10, a Comissão da Câmara aprovou o projeto de lei que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo

Máxima Digital Publicado em 11/10/2023, às 11h10

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Erika Hilton sobre lei que proíbe casamento homoafetivo: "Cortina de fumaça" - Instagram
Erika Hilton sobre lei que proíbe casamento homoafetivo: "Cortina de fumaça" - Instagram

Após a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara aprovar o projeto de lei de proíbe o casamento homoafetivo no Brasil, a deputada Erika Hilton mostrou sua indignação com a decisão da comissão.

Em suas redes sociais, a deputada publicou um vídeo e, na legenda da publicação, ela escreveu: "Deram um golpe em nossos direitos. O Presidente da Comissão da Família deu um golpe contra o regimento da Câmara, acordos estabelecidos, e atacou as prerrogativas de Deputados".

"Com isso, o Projeto de Lei Inconstitucional que proíbe o casamento homoafetivo passou nesta comissão. O acordo, descumprido pelo Presidente da Comissão, Deputado Fernando Rodolfo (PL-PE), é que seria criado um Grupo de Trabalho para orientar a elaboração de um novo Relatório do Projeto de Lei e a votação não ocorreria sem essa orientação", falou.

"Mas o Grupo de Trabalho não foi criado, e hoje a sessão começou de forma apressada com um novo relatório pior do que o primeiro feito apenas pelo Relator Pastor Eurico (PL) que o teor só foi disponibilizado hoje, e logo após apresentou um terceiro relatório, ainda pior", continuou.

"Esse novo relatório, no qual a palavra 'Homossexualismo' é usada 3 vezes, associando-a ao termo 'Doença', usado 5 vezes, intensifica ataques contras as pessoas LGBTQIA+ e proíbe o casamento e até às uniões estáveis entre casais homoafetivos", acrescentou.

"Até os filhos de casais homoafetivos são atacados nesse relatório, que diz que crianças criadas por homossexuais 'são privadas do valor pedagógico e socializador da complementariedade natural dos sexos no seio da família'. Com a aprovação desse horror inconstitucional na Comissão da Família, ele vai para a Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial ter seu mérito avaliado, e lá sou a Vice-Presidenta, e trabalharei incansavelmente contra esse ataque às famílias homoafetivas", disse.

"A luta foi difícil, mas, mesmo sendo uma minoria nesta comissão, nós, comprometidos com os direitos de TODAS as pessoas e TODAS as famílias, conseguimos pará-lo diversas vezes. E o mesmo só foi aprovado mediante um golpe no regimento e o descumprimento do acordo pela Presidência da Comissão da Família", pontuou.

"A derrota de hoje dói, mas essa dor não vai nos imobilizar. Nossa comunidade conhece sua força e seguirá em luta incansável contra aqueles que querem que voltemos à mazela, à marginalidade e vivamos uma sub cidadania", finalizou.