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Ministério Público abre investigação contra André Valadão após falas homofóbicas

Durante uma ministração, o pastor incitou que os fiés a causarem danos à comunidade LGBTQIAP+

Máxima Digital Publicado em 21/08/2023, às 13h40

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Ministério Público abre investigação contra André Valadão após falas homofóbicas - Instagram
Ministério Público abre investigação contra André Valadão após falas homofóbicas - Instagram

O Ministério Público de Minas Gerais abriu um inquérito contra André Valadão após suas declarações homofóbicas durante um culto religioso em Orlando, nos Estados Unidos. O Ministério também investiga um pedido de prisão feito pela deputada Erika Hilton.

A denúncia afirma que Valadão cometeu um crime de homotransfobia durante o evento chamado “Deus odeia o orgulho”, a informação foi divulgada pela jornalista Mônica Bergamo.

Para seus ouvintes brasileiros, o pastor incitou que os fiéis causassem danos à comunidade LGBTQIA+ em uma de suas igrejas nos Estados Unidos.

“Agora é a hora de tomar as cordas de volta e dizer: Pode parar, reseta! Mas Deus fala que não pode mais”, disparou o pastor. “Ele diz: ‘Se eu pudesse, matava tudo e começava de novo. Mas prometi que não posso’. Agora está com vocês", completou.

“Não entendeu o que eu disse? Agora, tá com vocês! Deus deixou o trabalho sujo para nós”, insistiu André.

Após a fala polêmica do pastor, Erika Hilton apresentou um documento ao Ministério Público que dizia: “É importante dizer que a fala, independentemente do contexto em que foi dita, apresenta um perigo de absoluta preocupação, sobretudo no contexto em que o Brasil figura no topo da lista de países que mais matam e violentam pessoas LGBTQIA em todo o mundo”.

André é um líder religioso da Lagoinha Global e apoiou publicamente Jair Bolsonaro na última eleição. O pastor deve enfrentar mais processos, já que o senador Fabiano Contarato apresentou uma denúncia no Ministério Público Federal.

“Apesar de ele estar nos Estados Unidos, os telespectadores estão no Brasil, e o Judiciário brasileiro já tem jurisprudência para tratar casos assim. Além disso, a homofobia pode ser enquadrada como crime de racismo, previsto na Lei 7.716/89, com penas que podem chegar a 5 anos de prisão”, afirmou Fabiano.