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Saúde e Bem Estar / Depilação íntima

Depilação íntima faz mal? Especialista explica sobre o assunto

A obstetriz Mariana Betioli contou tudo o que você precisa saber sobre a relação depilação e saúde íntima

Máxima Digital Publicado em 22/11/2022, às 15h00

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Depilação íntima faz mal? Especialista explica sobre o assunto - Freepik
Depilação íntima faz mal? Especialista explica sobre o assunto - Freepik

Com a temporada de biquinis e corpos à mostra aberta, há quem busque alternativas para lidar com os pelos da região. Mas, afinal, depilar faz mal? A obstetriz especialista em saúde íntima Mariana Betioli contou tudo o que você precisa saber sobre a relação depilação x saúde íntima

Sol, calor, praia e piscina... o verão está chegando. É a época também de ter a pele mais exposta e, para algumas pessoas, a hora de lidar com pelos que eventualmente podem ficar à mostra ou incomodar.

A solução para a questão parece simples, afinal não faltam opções de depilação, porém Mariana explicou que existem métodos mais seguros e alguns procedimentos pré e pós-depilatórios que são essenciais para a manutenção da saúde íntima.

"Antes de seguirmos com mais explicações, vamos já acabar com a dúvida principal. A depilação íntima é opcional e pode sim ser segura para a saúde”, pontuou a especialista.

Ela continuou: "Um dos principais motivos da existência de pelos na região é a proteção, um traço herdado de nossos ancestrais que andavam descobertos e precisavam criar barreiras para impedir a fácil entrada de bactérias e microrganismos. Com a evolução, criamos outras formas de proteção como o uso de calcinhas, cuecas e roupas, o que torna segura a remoção dos pelos dessa região".

Mas, como todo procedimento ou tratamento corporal, Mariana alerta que deve-se ter atenção em alguns detalhes. “Nós temos dois tipos de depilação, a que remove apenas parte do pelo cortando a parte externa dele que chamamos de haste. E a outra que remove a estrutura do pelo por completo, o que faz com que o crescimento e o reaparecimento sejam mais demorados. Tanto um, quanto outro, exige alguns cuidados”, contou.

Segundo a especialista, no caso da depilação com lâminas, cremes depilatórios químicos e barbeadores, que cortam apenas a haste do pelo, os cuidados estão no atrito gerado desses produtos com a pele.

“A perda do pelo faz com que a região perca também sua hidratação natural, já que os pelos têm glândulas sebáceas que contribuem com a lubrificação da pele. A pele desidratada, por sua vez, fica mais sensível e vulnerável a irritações, cortes e até mesmo atritos, que podem gerar foliculite. Tais lesões contribuem para a entrada de microrganismos indesejados que podem causar sérios problemas à saúde íntima, inclusive alguns tipos de DSTs”, relatou a obstetriz que também é CEO da Inciclo.

A indicação para quem busca esses métodos é a preparação da pele antes e cuidados após a depilação que enquadram a hidratação e a esfoliação da região. Enquanto a primeira evita o atrito e a sensibilidade da área, a segunda elimina as células mortas e impede o aparecimento de inflamações na região dos pelos. É também recomendado pela especialista evitar produtos com álcool, que podem ressecar ainda mais a área.
Já para quem busca por métodos de remoção do pelo por completo, como cera, linha, pinça e os protocolos a laser, além da questão da hidratação, há também um outro ponto de atenção.

“Quando removemos o pelo por completo, deixamos um poro aberto na pele, que pode servir de canal de entrada para aqueles indesejados microrganismos que já comentamos anteriormente. Desses métodos listados, o laser é o menos agressivo para a pele, por conta do baixo atrito que envolve o procedimento, porém há alguns outros cuidados que devem ser checados com seu dermatologista como qual o melhor tipo de laser para a sua pele e a cor do seu pelo”, comentou ela.

Ainda de acordo com a profissional, nenhum dos métodos é proibido, é preciso apenas buscar o que melhor se adequa a cada um e tomar os devidos cuidados antes e depois. E, para quem ainda está indeciso sobre depilar ou não a região, Mariana esclarece que os pelos pubianos podem ser aliados em algumas ocasiões, como por exemplo durante a relação sexual, em que diminuem o atrito e previnem a transmissão de alguns patógenos, funcionando como barreira.

“Decidindo ou não mantê-los, para a manutenção da saúde íntima, a regra de ouro está em preservar a região seca, evitando o abafamento por tecidos ou absorventes sintéticos. Biquínis e roupas molhadas também não são indicados. A higiene diária da área externa da vulva com água e sabão ou sabonete íntimo também é regra tanto para quem tem ou para quem remove os pelos da região”, finalizou.