Dr. Alexander Bez explicou como lidar com a ansiedade e passar bem o ano
Máxima Digital Publicado em 20/12/2022, às 17h00
Natal e Ano Novo são datas que proporcionam diversos sentimentos. Muita alegria, principalmente por representar uma nova fase em nossas vidas que iremos começar, porém, podemos também sentir uma "melancolia", por conta de processos que passamos durante o ano.
O psicólogo Alexander Bez afirmou que o fim do ano representa o fechamento de um ciclo. Nessa época é comum fazermos um levantamento do que conquistamos ao longo dos meses, com isso, acabamos tendo contato com algumas frustrações ao pararmos para refletir sobre alguns planos que não foram concretizados.
"É comum que as pessoas entre em pânico por deixar algumas coisas de última hora. O encontro com os familiares pode ser ‘frustrante’ para algumas pessoas, principalmente se estiver presente algum familiar que já tenha tido um desentendimento ao longo do ano”, relatou o psicólogo. Ele adicionou: “Quando comportamentos como esse se tornam repetitivos, o final do ano assume um aspecto triste, e não mais festivo”.
Mas este é apenas um dos motivos que podem trazer melancolia no final do ano. Veja a seguir, quatro fatores que causam tristeza no fim do ano e como lidar com eles:
1. O passado afeta o presente
Durante o fim do ano, não é apenas o presente que pode causar aflições. As experiências de anos anteriores também exercem influência sobre a forma que nos sentimos. "Alguns se sentem depressivos por não terem mais seus entes queridos, fator que desencadeia lembranças e, consequentemente, tristeza e melancolia", disse Alexander.
Segundo o psicólogo, o ideal neste momento é estar cercado de pessoas que gostamos, aumentando a interação com elas o máximo possível. Seja um amigo, um namorado ou um vizinho, é importante estar ao lado de companhias agradáveis.
2. Pais divorciados
Quando temos pais separados, saber com quem passar as datas comemorativas pode acabar desencadeando desconforto e até mesmo ansiedade. Para contornar a situação, Alexander Bez aconselhou que os pais estejam preparados para dialogar sobre a situação de forma aberta com os filhos, sem supervalorizar a questão.
3. Cobrança interna e externa
É comum que no fim do ano as pessoas comecem a fazer uma avaliação de tudo que as cerca. Com isso, podem surgir novas cobranças de ordem familiar, religiosa, profissional ou até mesmo internas.
“As cobranças internas são formadas por metas que não fomos capazes de realizar. Todos estes fatores podem gerar uma crise. Entretanto, há formas de reduzir o mal-estar que isso causa”, explicou o especialista.
4. Idealização excessiva
Com o novo ano se aproximando, é possível desenvolver uma compulsão por fazer conjecturas imaginárias, isto é, imaginar se no ano que vem conseguiremos realizar nossos objetivos.
"A véspera de ano novo traz o que se chama de prospectiva global: Todos estão festejando, fazendo cobranças e promessas para o próximo ano. Consequentemente, torna-se impossível não ser atingido pela carga emocional gerada por estes fatores", adicionou Bez.
O psicólogo afirmou que conhecer nossos próprios limites é um caminho para que sejamos mais gentis com nós mesmos. "Tendo um maior autoconhecimento, conseguimos equilibrar o dia a dia, trabalhando a mente para sofrer uma menor influência de pressões e cobranças", finalizou ele.
