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Erika Hilton aciona MPF e pede multa milionária por fala transfóbica de Pastor Isidório

O político chamou a deputada de "meu amigo" durante uma sessão em comissão da Câmara

Máxima Digital Publicado em 02/10/2023, às 13h10

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Erika Hilton aciona MPF e pede multa milionária por fala transfóbica de Pastor Isidório - Instagram
Erika Hilton aciona MPF e pede multa milionária por fala transfóbica de Pastor Isidório - Instagram

A deputada Erika Hilton entrou com uma representação no Ministério Público Federal contra o também político Pastor Isidório após uma fala transfóbica durante uma sessão da Câmara dos Deputados.

Na ocasião, o deputado chamou Erika, uma mulher transsexual, de "meu amigo". Na ação, a deputada pede que o pastor seja autuado pela fala transfóbica e pague uma multa de R$3 milhões por danos morais coletivos.

Erika ainda pede que Isidório seja condenado por "incitar a discriminação e o preconceito contra pessoas trans e travestis" e "por ter assediado, constrangido, humilhado detentoras de cargo eletivo,utilizando-se de menosprezado e discriminação à condição de mulher”.

A fala aconteceu durante a sessão do último dia 19 na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, onde iriam estudar a PL que proíbe o casamento homoafetivo no Brasil.

"A bíblia não é um absurdo, meu amigo. A bíblia não é um absurdo, meu amigo. A bíblia é a palavra de Deus", disse ele para Erika.

Na mesma sessão, o pastor teve outras falas polêmicas, com a Bíblia aberta o deputado afirmou que o casamento homoafetivo não é algo do Brasil, mas da Grécia.

"A gente sabe que Deus criou homem e mulher e abençoou. Todavia, o que estamos vendo no Brasil e com direitos constitucionais, do convívio de homem com homem e mulher com mulher, vem da Grécia, vem de Roma. Não é coisa aqui do Brasil", falou.

Em sua fala, o pastor disse que “homem nasce com binga e mulher nasce com tcheca”.

A deputada disse em sua representação ao MPF que a fala do político incentiva o ódio, o preconceito e a discriminação contra a população trans e travesti.

“A discriminação na fala do Representado é nítida e direta, porque decorrente da intenção explícita de humilhar e constranger toda a população transexual do país, causando prejuízo no exercício adequado do direito fundamental à cidadania e risco aumentado de violência por discursos como este", disse ela.

"Nesse caso, é precisamente a condição transexual que motiva o discurso do Representado, de forma consciente e proposital”, completou.