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Discos menstruais e gravidez: Especialista comenta método pouco conhecido para ajudar a engravidar mais rápido

A obstetriz Mariana Betioli falou sobre a técnica que utiliza discos menstruais para facilitar a fecundação

Máxima Digital Publicado em 26/08/2022, às 17h00

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Discos menstruais e gravidez: Especialista comenta método pouco conhecido para ajudar a engravidar mais rápido - Instagram
Discos menstruais e gravidez: Especialista comenta método pouco conhecido para ajudar a engravidar mais rápido - Instagram

A trilha da gestação não é a mesma para todas as mulheres. Enquanto para algumas apenas manter relações sexuais com alguma frequência é o suficiente para engravidar, para outras é preciso uma ajuda extra para a tão sonhada gestação.

Muito além da inseminação artificial e da fertilização in vitro, há diversos métodos caseiros menos invasivos, demorados, doloridos ou caros que podem ajudar a aumentar as chances de fecundação.

Itens de higiene íntima como os discos menstruais – usados comumente para coletar o sangue da menstruação – têm-se mostrado alternativas simples e eficientes quando se trata de facilitar a concepção, contou a obstetriz especialista em saúde íntima Mariana Betioli.

A especialista explicou que o disco menstrual permite que os espermatozoides fiquem por mais tempo próximos ao colo do útero, ampliando as chances da fecundação.

"Estudos apontam que utilizar o disco menstrual após o ato sexual aumenta em 300% a concentração de espermatozoide no colo do útero, isso é bastante relevante e pode aumentar as chances de concepção em quase duas vezes", comentou.

O procedimento, que funciona como uma inseminação caseira, pode acontecer de dois modos diferentes. Segundo a obstetriz, a ejaculação pode ser feita diretamente no disco menstrual ou então pode acontecer durante o sexo e, em seguida o disco menstrual inserido. Ambos os métodos permitem que os espermatozoides fiquem mais tempo em contato com o colo do útero ao mesmo tempo que os dispositivos impedem que o esperma escorra pela vagina.

"Muitos espermatozoides acabam descendo pelo canal vaginal por conta da gravidade e morrem na tentativa de chegar ao útero. Com o disco funcionando como uma barreira, o caminho a ser percorrido é menos e a vida deles é um pouco maior, o que ajuda no processo", explicou a obstetriz.

Mas apenas o uso de um disco menstrual pode não ser o suficiente para garantir a concepção. Mariana também é defensora do Método da Fertilidade Consciente, que se utiliza do conhecimento do próprio corpo para que a mulher identifique seu período fértil. Os espermatozoides vivem por até 5 dias dentro do corpo da mulher e o óvulo, depois de liberado, morre em 24 horas, se não for fecundado.

"É preciso estar próximo da ovulação para poder contar com auxílio do disco para engravidar. De nada adianta manter o espermatozoide em contato com o colo do útero se não houver óvulo para fecundar", explicou.

A especialista ainda alertou para a manutenção da saúde íntima durante a prática.

"Assim como a recomendação de uso de 12h para o período menstrual, os discos usados para ampliar as chances de fecundação não devem ultrapassar esse período dentro do canal vaginal", finalizou.

Conheça os principais sinais de que a ovulação está próxima:

Secreção vaginal: Muco esbranquiçado, ou transparente e viscoso como claro de ovo – que nada mais é que o fio condutor do espermatozoide para dentro do útero
Aumento da libido

Sinais de que podem indicar a ovulação:

Temperatura corporal basal alterada em até 0.2ºC: Acontece no dia da ovulação e permanece elevada até o dia da próxima menstruação ou até o final da gestação)

Pontada no corpo: Uma leve pontada na lateral do corpo mais abaixo do umbigo