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Causas e consequências da obesidade em cães e gatos

Saiba quais os principais fatores que podem ocasionar a doença e os ricos da complicação para a saúde dos pets

Gabriella Gouveia Publicado em 13/04/2017, às 13h00 - Atualizado em 22/08/2019, às 01h40

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. - Shutterstock
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A obesidade é uma das doenças com maior ocorrência no mundo animal. Estima-se que a incidência dessa patologia nos pets varie entre 25% a 40%, índice que serve como alerta para saúde dos melhores amigos. A Farmina Pet Foods, empresa de origem italiana especializada no desenvolvimento de soluções nutricionais que respeitam a natureza alimentar de cães e gatos, explica as causas e as consequências da obesidade e dá dicas de como tratar esse problema.

As causas da obesidade

Dieta desequilibrada. Todo alimento ingerido é transformado em energia após passar pelo processo digestivo, e essa energia é usada pelo corpo para executar todas as funções e atividades que o animal desempenha. Quando o consumo de energia é maior que o gasto, o organismo guarda essa energia na forma de gordura. Além de servir como reserva energética, a gordura tem outras funções como proteção dos órgãos internos, isolamento térmico, transportadora e precursora de hormônios e vitaminas, entre outros.  Portanto, ter essa gordura acumulada no corpo é normal dentro dos limites saudáveis. A obesidade se estabelece quando há um acúmulo de gordura maior que o necessário para desempenhar essas funções. Pode-se chamar de sobrepeso quando se tem até 15% acima do peso ótimo, e de obesidade, quando esse excesso ultrapassa esse valor. Portanto, a principal causa da obesidade é a alimentação desequilibrada.

Queda do gasto energético.Diversos fatores reduzem o gasto energético:

- Idade: após um certo tempo na vida adulta (após 5-7 anos de idade), a massa magra (músculos) vai diminuindo gradualmente, o que produz uma diminuição no metabolismo.

- Problemas hormonais: alguns hormônios ditam o ritmo do metabolismo. Quando há uma doença hormonal, pode ocorrer uma queda do gasto calórico.

- Predisposição genética: algumas raças apresentam uma incidência muito alta de obesidade. Nos cães, os labradores, pugs, buldogs e goldens retriever são os mais acometidos. Em gatos ainda não existe um consenso sobre o tema.

- Castração: a castração pode levar a uma queda do gasto calórico do animal por questões hormonais. Em gatos essa característica é mais marcante.

- Baixa atividade física: animais que não passeiam e se movimentam pouco dentro de casa tem mais chances de engordar. Apesar disso, vale ressaltar que não existe exercício físico que compense uma dieta ruim, pois o aumento do gasto calórico com exercícios não é tão grande a ponto de “ganhar” do excesso e da qualidade baixa do alimento que o animal ingere. 

Consequências da obesidade    

A obesidade traz uma série de consequências ruins para a saúde do pet. As principais são:

- Diabetes: a obesidade induz a uma resistência à insulina, o que resulta em uma maior dificuldade do corpo colocar o açúcar (glicose) presente no sangue para dentro das células, a fim de desempenhar sua função. Esse excesso contínuo de açúcar no sangue predispõe ao desenvolvimento da diabetes.

- Problemas articulares: o excesso de peso acaba sobrecarregando as articulações, induzindo ao aparecimento precoce de artrites e artroses. Esse risco é ainda maior em animais de porte grande.

- Problemas cardíacos e respiratórios: com o excesso de peso o coração e o pulmão acabam tendo que trabalhar mais para manter a circulação eficiente. Além disso, a gordura pode se alojar nas artérias o que prejudica ainda mais o trabalho do músculo cardíaco.

- Risco anestésico: animais obesos tem um maior risco de sofrer complicações durante anestesias. A gordura dificulta a respiração do animal durante a cirurgia, e atrapalha a manipulação do cirurgião dentro das cavidades torácica e abdominal. Além disso, animais obesos tendem a ter uma pressão sanguínea e frequência cardíaca mais alta.

Como descobrir se seu pet está obeso


O diagnóstico certeiro da obesidade é dado apenas por um médico Veterinário. Mas você pode analisar o seu cão ou gato para ter uma ideia se ele está ou não obeso. Há duas maneiras:

Apalpando: ao apalpar as costelas você deve senti-las com facilidade, se perceber uma camada grossa antes de atingi-las com as pontas dos dedos é sinal que lá há mais gordura do que o necessário. Pode apalpar a região abdominal também, que em animais obesos apresenta uma grande quantidade de gordura.

Visualizando: aqui a dica é olhar o animal de cima para baixo com ele na posição de pé (conforme figura) e olhar para região da cintura. O animal no peso ideal tem uma curvatura nessa região.



Tratamento
A principal medida é ajustar a dieta do animal e algumas perguntas devem ser respondidas: ele come mais ração do que o indicado na embalagem? Qual a quantidade e qualidade dos petiscos oferecidos? Ele come comida caseira? Com essas repostas o Médico Veterinário vai instruir e corrigir os erros na alimentação.

E lembre-se: o dono tem lá sua responsabilidade no tratamento. Cães e gatos são animais carnívoros, portanto não devem comer pizza, pão ou biscoito em hipótese alguma! Alimentos açucarados são ainda piores e fazem muito mal. Existem inúmeros hábitos alimentares prejudiciais que com o passar dos anos vão engordando o pet. A chave do emagrecimento saudável é sempre uma dieta equilibrada!