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Comportamento / Depressão

Depressão pós-parto é uma doença silenciosa e merece atenção; Conheça os riscos

Na maior parte dos casos, as mulheres apresentam sintomas durante a gestação

MÁXIMA Digital Publicado em 05/02/2019, às 12h20 - Atualizado em 22/08/2019, às 01h40

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Evitar o isolamento é uma das recomendações do Ministério da Saúde para evitar a depressão pós-parto - Getty Images
Evitar o isolamento é uma das recomendações do Ministério da Saúde para evitar a depressão pós-parto - Getty Images

Depressão pós-parto precisa de atenção, sim!

A doença atinge uma a cada quatro mulheres no Brasil e o dado constatado por um estudo da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, da Fiocruz, chega até a assustar.

Segundo Joel Rennó Junior, professor de psiquiatria da USP, alguns estudos apontam maior incidência da doença em populações específicas, como adolescentes. Ele também afirma que cerca de 60% das mulheres com depressão pós-parto já apresenta indícios na gestação, “sem ser diagnosticada e devidamente tratada”. Casos de “cesarianas de emergência, estresse no cuidado com o filho, sintomas de ansiedade no pré-natal, suporte social inadequado e diabetes” são associados à doença. Quer saber mais?

Entenda!

Riscos

Quem enfrenta depressão pós-parto pode ter dificuldade de interpretar as necessidades do filho, o que pode tornar a criança, com o tempo, isolada e inquieta. Além de desenvolver distúrbios alimentares ou de sono e correr maior risco de contrair doenças psiquiátricas.

A amamentação também corre maior risco de ser descontinuada, devido a depressão. Tudo isso gera danos no desenvolvimento psicológico, social e de linguagem na criança.

Causas

A depressão pós-parto nas mães tem como principal motivo o desequilíbrio de hormônios após a gravidez. De acordo com o Ministério da Saúde, outros fatores que contribuem para a doença são privação de sono, isolamento, falta de apoio do parceiro e da família, depressão, ansiedade, estresse ou outros transtornos mentais.

A doença também pode atingir aos homens. Nesses casos, a depressão pode acontecer devido a preocupação em cuidar de um recém-nascido, aumento das responsabilidades e o suporte que deve dar ao parceiro (a).

Sintomas

Alguns dos sintomas da depressão pós-parto, segundo o Ministério da Saúde, são melancolia intensa, ausência de forças para lidar com a rotina, muita tristeza, vontade súbita de fazer mal ao bebê, entre outros.

Tratamento

O tratamento da doença varia de acordo com a intensidade. Segundo Rennó, “em quadros leves, muitas vezes a terapia interpessoal ou a psicoterapia comportamental e cognitiva acabam sendo as primeiras escolhas. Agora, em quadros moderados a graves, há necessidade do uso de antidepressivos, que só o psiquiatra pode indicar”.

O Ministério da Saúde recomenda que os pais e as mães participem de todo o processo, para o tratamento ser eficaz. “Essa escalada de eventos por uma depressão pós-parto não tratada exacerba o sofrimento de ambos”, acrescenta Joel.