Máxima
Busca
Facebook MáximaTwitter MáximaInstagram MáximaGoogle News Máxima
Comportamento / Pressão estética

Paloma Bernardi fala sobre independência corporal e pressão estética

A atriz Paloma Bernardi trouxe, em exclusiva à Máxima Digital, uma importante discussão para a sociedade

Gabriele Salyna Publicado em 16/11/2021, às 13h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Paloma Bernardi fala sobre independência corporal e pressão estética - Instagram
Paloma Bernardi fala sobre independência corporal e pressão estética - Instagram

A atriz Paloma Bernardi aborda um tema muito importante para a sociedade em suas contas nas redes sociais: a independência corporal e a pressão estética imposta. 

Em um bate-papo exclusivo com a Máxima Digital, a arista trouxe esse tema para a pauta. 

Logo de cara, a estrela da atuação explicou o que é a independência corporal. "Eu acho que você ter uma independência corporal é você se olhar no espelho e se aceitar do jeito que é. Por natureza, somos diferentes, isso é um fato! De tamanho, de cor, de textura, de tipos, de personalidades… somos todos diferentes! Somos iguais como humanidade, como ser humano, mas somos diferentes em tantas particularidades."

"Então eu acho que esse movimento que está acontecendo agora de quebrar paradigmas, de deixar de seguir estereótipos e padrões de beleza, é fundamental para que a gente possa viver de maneira mais leve, sem pressão e de bem com você mesmo, de se olhar no espelho e se amar do jeito que é.", disse. 

Paloma falou que acha importante que pessoas da mídia falem sobre o assunto e darem visibilidade sobre o tema. 

"Sim, eu acho extremamente necessário nós, personalidades, que temos uma repercussão na mídia, conversarmos com tanta gente através das nossas redes sociais, através do nosso trabalho, tantas pessoas que se inspiram na nossa maneira de viver, na nossa maneira de pensar... Então por que não trazer esse assunto à tona? Eu acho que a gente tem que prezar pela nossa saúde mental, física e espiritual. E se amar, acima de tudo, como eu disse na primeira pergunta.", disse. 

Ela continuou: "A gente tem que levantar essa bandeira para que as pessoas possam cuidar mais de si de maneira responsável, sem ficar paranoica, sem viver os extremos, nem oito nem oitenta, nem tudo nem nada, eu acho que é de extrema importância, sim. Já que a gente tem uma voz ativa, por que não usar a nossa voz ativa a favor do bem, a favor da saúde, a favor das boas ações, a favor da educação, da cultura, da arte? Então, se eu puder ser porta-voz de tantos assuntos positivos... Enfim, eu estou aqui para isso."

A atriz disse que já foi vítima da pressão estética da sociedade e como lidou com isso: "Sim, eu já fui vítima de pressão estética por várias coisas, acredito que toda mulher tenha vivido isso já. Quando era criança, sofri bastante por causa do meu cabelo. Meu cabelo sempre foi cacheadão, e a maioria das minhas amigas tinha cabelo liso, que sempre foi o mais aceitável na sociedade. Então eu sofri bastante bullying dos meus amigos. Me chamavam de cabelo de esponja, de espantalho, de Valderrama, que era um jogador de futebol que tinha o cabelo bem crespo… enfim, vários apelidinhos. Mas graças a Deus dentro de casa eu tenho uma família, principalmente a minha mãe, que me fazia justamente olhar no espelho e me amar do jeito que eu era, amar meu cabelo. Quando era criança, eu não entendia muito como cuidar do meu cabelo, mas a partir da adolescência eu comecei a entender como cuidar e aí assumir ele do jeito que é. E o meu cabelo fala muito do que eu sou, da minha personalidade. Eu gosto dele bem cheio, com volume, com os cachos perfeitos, porque essa sou eu. E me sinto linda assim! Então como que eu lidei com essa situação? Com o apoio e o aprendizado desde criança dentro de casa. A gente faz a diferença, e isso é importante falar, na nossa sociedade lutando contra preconceitos, lutando contra paradigmas e adquirindo essa independência corporal quando a gente aprende dentro de casa, desde criança, porque aí teremos adultos mais conscientes, mais agregadores, mais inclusivos."

Paloma falou sobre a interação com o público. Ela disse que recebe depoimentos de mulheres que sofrem com essa pressão também.

"Eu acho que agora, principalmente nesse tempo pandêmico, nós abrimos uma porta de comunicação com o público através das lives. De tempos em tempos eu faço invasão na casa de fã e aí a gente troca figurinha do que está vivendo, de como estão as coisas aí e como estão as coisas aqui. É muito boa essa interação, porque o público começa a perceber que eu não sou aquela personagem, que eu não sou aquela mulher sempre produzida nas capas de revista, nos ensaios fotográficos… sou também, mas eu sou gente como a gente no meu dia a dia! Então, todas as questões que as mulheres sofrem por pressão x, y e z, a gente acaba trocando nessas lives, especificamente falando. E aí eu vou dando a minha opinião, eu vou dizendo minha experiência, como que me ajudou, o que eu fiz para melhorar, o que eu fiz para tirar isso da cabeça... Acho que quanto mais a gente abre espaço para diálogo para se debater assuntos, principalmente voltados para a mulher, mais a mulher se identifica, mais ela encontra força. É aquela coisa, né? Ninguém solta a mão de ninguém, juntas somos mais fortes e a causa daquela mulher é a minha causa também. Então acho que isso fortalece e faz a gente seguir.", contou. 

A artista deu um conselho você daria para uma mulher que está em busca de aceitar o próprio corpo. 

"Acho que é se olhar sem julgamento, se olhar sem crítica, sem comparar, sem desejar o que é do outro e se amar do jeito que é. E, para isso, antes de cuidar do corpo, antes de cuidar do físico, a gente tem que cuidar principalmente da saúde mental. A saúde mental vai fazer com que a gente olhe para nós mesmas diferente, com um olhar mais carinhoso, mais afetuoso, mais empoderado, mais diferenciado, com personalidade... Ter um olhar único, porque somos únicos! Somos mulheres únicas, cada ser humano é um ser único, então não tem como comparar, não tem como ser igual. Semelhanças vão acontecer, mas igual não existe. Acho que é isso. E o que eu disse aqui também: conversar, trocar figurinhas, trocar experiências, buscar ajuda, fazer aquilo que gosta, dedicar sempre um tempo para si. Às vezes, a gente só está preocupado com outras pessoas, em ajudar outras pessoas, no trabalho, na correria... A vida é muito acelerada e às vezes não dá tempo de fazer algo que a gente gosta, mas é importante deixar uma hora dedicada para fazer algo que você gosta.", aconselhou.

Por fim, temos spoilers! A artista contou o que podemos esperar da Paloma que vem por aí.

"O filme 'TPM, Meu Amor' que, inclusive, já adianto para vocês, eu vou finalizá-lo. Estava faltando umas diárias agora, no mês de novembro. Então, o filme fala justamente sobre o universo feminino, fala sobre essa aceitação em todos os aspectos da mulher. É um longa-metragem dirigido pela Eliana Fonseca e escrito pela Jaqueline Vargas. Uma comédia romântica sob a perspectiva da Monique, a minha personagem, e a relação dela com o corpo, com a menstruação... Por mais que a gente tenha cenas de humor, situações que a menstruação dela são o eixo da comédia, no fundo a gente traz uma reflexão sobre os estereótipos que as mulheres carregam, sobre como o nosso corpo é sábio e mesmo para aquelas mulheres que não possuem uma boa relação com a menstruação, existe uma potência por trás desse ato do nosso corpo que não tá escrito. Tratamos o assunto sem tabu, sem estigmas.", contou.