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Na TV / Assunto sério

Gordofobia é tema do 'Encontro': "Crianças que sofrem preconceito por peso, têm risco maior de desenvolver anorexia, bulimia e compulsão alimentar"

Dr. Marco Antonio Abud Torquato Junior falou um pouco sobre o quão esse assunto é importante

Máxima Digital Publicado em 06/01/2020, às 10h38

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Blogueiro fala sobre gordofobia no 'Encontro com Fátima Bernardes' - TV Globo
Blogueiro fala sobre gordofobia no 'Encontro com Fátima Bernardes' - TV Globo

O tema abordado no Encontro com Fátima Bernardes, apresentado por Patrícia Poeta, na manhã desta segunda-feira, 6, foi a gordofobia!

Quem falou do assunto com muita propriedade foi o influenciador Caio Cal -- que viralizou na web após fazer um post dizendo que não conseguia caber em quase nenhuma cadeira por conta de sua gordura -- e o médico Dr. Marco Antonio Abud Torquato Junior.

Para contextualizar

No desabafo que postou no Instagram, o blogueiro colocou: "Esse post é muito difícil pra mim. Só a gente que é gordo sabe o quanto não caber nas coisas nos coíbe de aproveitar a vida como qualquer outra pessoa (e nem me refiro a caber confortavelmente pq aí já é demais kkk). A gordofobia tira meu acesso e me isola, já que o mundo não foi feito para pessoas do meu tamanho".

Palavra do profissional

Diante do depoimento, o Dr Abud ressaltou um ponto necessário no palco do programa: "É muito importante [falar sobre gordos] e é um tema muito prevalente a discriminação pelo peso no Brasil e no mundo todo. É importante dizer: 'Ser gordo é sinônimo de ter saúde ruim?' Não! Isso não é verdade. Um estudo comparou pessoas gordas que faziam atividades físicas com magras sedentárias. As magras tinham 2x mais chances de ter diabetes do que os outros".

Ele também disse que, muitas vezes, lojas, estabelecimentos, etc, não colocam cadeiras grandes, por exemplo, para incentivarem os gordos a emagrecerem, mas que isso não é nada legal.

"Maior erro possível. É uma tortura e não funciona".

No bate-papo, Caio Cal também deixou claro que prefere ser chamado de GORDO, do que de apelidos que tentem amenizar a palavra. Além disso, contou um pouco sobre quanto já sofreu ao longo da vida por ser alvo de bullying.

"Na tentativa de emagrecer, já tive anorexia, bulimia... Passei a vida toda tentando emagrecer [...] A gente fala tanto sobre empatia, mas quando o alvo são as pessoas gordas, parece que não existe empatia", declarou.

Ser magro não é sinal de saúde

No sofá da atração matinal da TV Globo, Caio, Dr. Abud e os outros convidados do programa, debateram um pouco sobre a reação insensata que muitas pessoas têm quando estão ao lado de gordos.

"Ninguém debate com alguém que tem corpo padrão, mas todos querem saber algo sobre o corpo gordo", disse o influenciador, pouco antes de admitir que internautas já pediram para ele postar exames provando que tem um corpo saudável.

Cuidado com as crianças

"As crianças que sofrem preconceito por peso, têm um risco muito maior de desenvolver anorexia, bulimia e compulsão alimentar", deixou claro o especialista na medicina.

O Dr completou: "O valor de uma pessoa não deve ser atrelado à estética dela [...] Ser gordo não é sinônimo de ter saúde ruim, não é sinônimo de preguiça e não é sinônimo de fraqueza. A atividade física é pra ficar saudável, não para emagrecer".