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Comportamento / Ainda Dá Tempo

Coronavírus: Imunologista fala sobre pandemia e indica o que pode ser feito para reduzir impactos da doença no Brasil

Ainda Dá Tempo! Dr. Roberto Zeballos mostrou que, por mais difícil que seja essa fase, tudo tende a melhorar se cada um fizer a sua parte

Máxima Digital Publicado em 19/03/2020, às 21h35 - Atualizado às 21h36

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Na campanha AindaDaTempo, Dr. Roberto Zeballos fala sobre avanço do coronavírus e o que podemos fazer para reduzir os impactos da doença no Brasil - Divulgação
Na campanha AindaDaTempo, Dr. Roberto Zeballos fala sobre avanço do coronavírus e o que podemos fazer para reduzir os impactos da doença no Brasil - Divulgação

É fato que o novo coronavírus (COVID-19) mudou a vida de muita gente no Brasil e no mundo!

O foco da doença começou na China, em dezembro de 2019, e tomou proporções praticamente inimagináveis ao redor do Globo, chegando até o nosso país no final de fevereiro de 2020.

Os casos positivos cresceram gradativamente desde então, até o ponto em que a população precisou entrar em quarentena nesta segunda-feira, 16, para tentar conter o crescimento da doença. 

Para falar sobre os impactos desses diagnósticos no Brasil, convidamos o imunologista Dr. Roberto Zeballos.

O especialista relembrou os casos da China, deu um panorama sobre a taxa de mortalidade e revelou que #AindaDáTempo de cada um fazer a sua parte.

"A grande maioria da transmissão está nas superfícies. Nas mesas dos restaurantes ou nas maçanetas do banheiro, por exemplo, e essa transmissão silenciosa, acredito que seja a mais perigosa", comentou ele, e continuou: "Eu sugiro que essas próximas três semanas nós fiquemos resguardados nas nossas residências. Evitemos ir para lugares cheios, academia..."

O Dr. deixou claro que reconhece que essa medida de não sair de casa terá um grande custo para a economia do Brasil, mas que é fato que o sistema de saúde não sustentaria caso grande parte da população fosse infectada.

"As pessoas não estão entendendo o que é um médico se o sistema ficar afogado, porque essa é a grande consequência. Tem uma minoria vulnerável que vai ocupar os hospitais. Essa minoria, apesar de ser menos 1%, atinge números absolutos que nenhum sistema do mundo consegue absorver, nem dos Estados Unidos", lamentou.

SABÃO É A MELHOR OPÇÃO 

Para quem tinha dúvidas sobre qual é o melhor método de eliminar as bactérias, Dr. Zeballos deixou claro: "O álcool gel mata as proteínas de qualquer vírus, mas tem gente que não vai ter acesso a ele. Água e sabão é o jeito! O PH alcalino do sabonete mata vírus, sim".

O especialista mencionou que na Coreia, um hábito que o povo adotou foi de usar a mão não dominante para tocar em superfícies. Por exemplo: quem é destro, usa a mão esquerda para apertar uma campainha. Desta forma, quando a pessoa, sem querer, levar a mão no rosto, ela, naturalmente, levará a dominante (que não será a mesma mão que tocou nos objetos) e terá chances menores de contaminação.

Ideia interessante, não?

A TAXA DE MORTALIDADE NÃO É ALTA, MAS É PRECISO CUIDAR

"Quando você computa todos os números de casos, o índice de mortalidade é entre 0,5% e 1% [...] Essas três semanas são decisivas para vermos em qual país vamos nos tornar. Na China, durou 3 meses e meio, mas agora só têm doze casos novos por dia, porque as pessoas estão imunizadas. Na Itália, não temos mais controle de quantos casos novos têm, porque não estão computando mais", contou.

"Aqui no Brasil só estão fazendo o teste específico pra coronavírus se o paciente estiver internado, porque não tem para todo mundo. A ideia é: se você está com tosse, febre, é jovem e não tem falta de ar fica em casa se isola e usa uma máscara", alertou.

Para finalizar, Dr. Roberto Zeballos não deixou ninguém se abalar, declarou que estamos, sim, no caminho certo e fez um convite especial para cada cidadão: "Estamos aprendendo com os italianos. Não estamos bobeando. Estamos fazendo a nossa parte. Ainda Dá Tempo! Façam a parte de vocês".