Rafaela Belluci contou como é o dia a dia de uma mulher que busca ser uma estrela da internet
Gabriele Salyna Publicado em 10/03/2021, às 16h04
“Ser mulher já é difícil pela sociedade, o capitalismo, a política, o nosso país serem machistas. Eles colocam sempre o homem à frente da mulher, não por méritos, mas por posição da própria sociedade em que vivemos”, foi assim que Rafaela Belluci, influenciadora digital, começou a contar sua história.
Aos 31 anos, Rafaella batalha para conquistar seu espaço na internet. A estrela contou que enfrentou o machismo frente a frente.
“Eu enfrentei todo esse preconceito por ser mulher. Tive que demonstrar dez vezes mais o que eu sou capaz, o que eu posso, o que eu consigo, porque a própria sociedade já te coloca no final da fila.”, declarou.
“A gente precisa ter postura, pulso firme, tem que ser autêntica, ter sua personalidade, dialogar com o público. Sem deixar tirar o que você pensa e o que você quer. Todo mundo consegue chegar onde quer. Não é fácil, mas não é impossível.”, disse Rafaella.
Rafaella contou que já passou por situações delicadas relacionadas ao machismo. A influenciadora digital contou que muitos homens fazem pedidos inconvenientes de fotos ousadas, registros de biquíni e trocas de curtidas.
“É difícil, porque o fato de sermos influencers, alguns homens acham que devemos ficar mostrando nosso corpo, nos exibindo para eles. Eles querem que seja algo sensual, que eu faça publicações de biquíni. Coisas bem sensuais mesmo.”, contou.
Ela relevou que enfrentou a perda profissional de frente. Rafaella teve seu perfil no Instagram denunciado, o que fez com que ela perdesse todos seus seguidores e tivesse que recomeçar do zero: “Tem as pessoas que são invejosas, que ficam perseguindo. Já denunciaram minha conta e eu tive que começar do zero”.
A força feminina move montanhas. Para as mulheres que têm o sonho de serem estrelas da internet, Rafaella aconselhou: “Para você ser uma digital influencer, você tem que se arriscar, ter um bom conteúdo, falar o que você pensa, respeitar as diferenças, ter diálogo.”.
