Dicas da camaleoa Carol Castro para encarar as mudanças da vida

O desejo de ser a protagonista da própria história sempre acompanhou Carol. Ela se recorda de, ainda menina, pintar pedras e conchas para vender às amigas. “Também fazia saquinhos de sal grosso para proteger contra o mau-olhado.” Mais tarde, adolescente, trabalhou como vendedora em stands de moda e acessórios em feiras no Rio de Janeiro. Foi aos 9, no entanto, que Carol teve sua primeira experiência artística, quando galgou participações nas peças da companhia de teatro do pai, o ator e diretor Luca de Castro, 62 anos. Sempre que podia, a morena se envolvia também com os afazeres da produção dos espetáculos. E foi numa dessas experiências, aos 17 anos, que seu destino começou a ser traçado. Ajudando o pai a recrutar pessoas para o elenco do longa O Caminho das Nuvens (2003), a jovem recebeu o primeiro convite para atuar fora do teatro. “O diretor Vicente Amorim comentou que precisava de uma sereia para a trama e que eu ficaria ótima no papel, mas me alertou: ‘Se der certo, você vai ter que ficar loira, com a raiz preta’. Não faltou coragem. Fiz o teste, passei e não tive problema em mudar de visual. Não tenho apego”, pontua.

Após essa temporada, Carol estava sedenta por novas oportunidades para atuar. E logo foi selecionada para fazer uma campanha contra as drogas, que era televisionada pela Rede Globo. A visibilidade foi instantânea. “Eu estava encenando um espetáculo no teatro e o diretor de elenco Luiz Antônio Rocha me reconheceu e me deu o telefone do diretor Ricardo Waddington. Ele disse que estava procurando uma menina com o meu perfil para uma personagem da próxima novela das nove — Mulheres Apaixonadas (2003)”. Sem titubear, Carol marcou um encontro com Ricardo, que sem demora lhe passou o nome da personagem (Gracinha) e falou do início das gravações. “Eu não acreditava. Ficava perguntando se o papel era meu mesmo!” Daí em diante, Carol não parou mais e encenou enredos, como Senhora do Destino (2004), O Profeta (2006), Beleza Pura (2008), Escrito nas Estrelas (2010) e Amor à Vida (2013). Seu trabalho mais recente foi como a cantora Iolanda na primeira fase da novela Velho Chico — personagem que agora está sendo vivida pela atriz Christiane Torloni. Carol, é claro, arrasou. Não houve quem não comentasse a atuação apaixonada e o corpão exibido nas cenas de nudez ao lado do galã Rodrigo Santoro. “Foi muito especial o convite para essa novela que trouxe de volta a poesia para o horário nobre”, diz. Carol, agora conta pra gente sobre as cenas quentes, vai — foi moleza? “Não vou dizer que é a coisa mais natural do mundo, porém não fiquei pensando se estava aparecendo isso ou aquilo. Me sentia segura”, diz.

As mudanças positivas no corpo da carioca vêm sendo construídas há anos. Em 2013, época em que participou do quadro Dança dos Famosos, do Domingão do Faustão, do qual foi a grande vencedora, a estrela descobriu que sofria de intolerância à lactose. Por isso, teve que fazer várias adaptações na alimentação e acabou eliminando 7 kg. “No final do ano passado, fiz um exame de sangue elaborado e descobri que não tenho mais a intolerância à lactose, mas sim a glúten. Então estou realinhando a minha dieta, que já é supersaudável. Consumo muitos vegetais e há anos não como mais carne vermelha, nem de porco”, afirma. Apesar de disciplinada, Carol confessa que é difícil resistir a algumas tentações. “Não troco o brigadeiro por nenhuma outra sobremesa. Eu amo! E a pipoca, que sou viciada, antes vinha acompanhada de queijo ralado e manteiga. Bem gorda! Hoje, se bate muita vontade, jogo um pouco de queijo de cabra em cima, e só. Tento sempre optar por itens mais saudáveis, como frutas, tapioca e água de coco”, garante. Nascida e criada à beira-mar e em contato com a natureza, Carol tem no surf e nas trilhas ao ar livre as suas maiores paixões e aliados da boa forma. “Desde 2004 também tenho um personal trainer. O foco principal é a musculação, mas também trabalhamos um pouco de exercícios funcionais”, revela a atriz.

Dona de uma alma leve entretanto intensa, a atriz relata que viajar é uma de suas atividades favoritas. Por isso, entre os seus sonhos, está conhecer o máximo de lugares que puder ao redor do mundo. “Adoro ter contato com novas pessoas, culturas, sabores, línguas. Meu lugar favorito fora do Rio é, sem dúvida, Fernando de Noronha”, entrega. A morena não esconde o desejo de expandir os horizontes também na carreira, com projetos internacionais, a exemplo do colega de elenco Rodrigo Santoro, o queridinho de Hollywood. “Mas não tenho pressa. Sei que tudo tem o tempo certo para acontecer.” Quando o assunto é a vida pessoal, o maior desejo é ter um casamento sólido e formar uma família. Sinal de que as duas experiências amorosas que teve anteriormente não fecharam as portas do coração — a atriz já foi casada com o ator Marco Bravo, separados em 2011, e com ator e modelo Raphael Sander, com quem rompeu em 2015. “Por mais difícil que seja a situação ela sempre nos ensina algo valioso.” Em meados de março, a bela assumiu o namoro com o violinista Felipe Prazeres, 38 anos, e se diz feliz da vida. “Ele é o homem mais sensacional que já conheci “, declarou. Uma curiosidade sobre o casal: Felipe tocou na cerimônia do primeiro casamento de Carol, em 2009. “A vida dá muitas voltas. Esse reencontro foi uma surpresa incrível”, suspira. Aqui na MÁXIMA estamos na torcida para que Carol continue realizada e brilhando — na telinha e fora dela.

1. Acredite no amanhã.
Não dá para chorar o leite derramado. Siga em frente, mais preparada. 

2. Analise os fatos.
Gosto de uma frase do escritor José Saramago que diz que para enxergar a ilha é preciso sair da ilha. 

3. Não perca a serenidade.
O surf me ensinou coisas que levo para sempre. Uma delas é que, quando uma onda me derruba, não adianta ficar me debatendo. Apenas com calma consigo retornar à superfície. 

4. Seja maleável.
Aprenda com a água. Quando você a despeja numa jarra, ela toma o formato da jarra. Quando a despeja num copo, ela se molda ao copo. Temos que nos tornar o que a situação pede. 

Como disse Paulo Coelho em um de seus livros: é melhor ser como a fonte que transborda do que como o tanque, que tem sempre a mesma água. 

6. Adapte-se.
Não é o mais forte da espécie que sobrevive, mas aquele que está apto a encarar as mudanças.