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Moda / Empoderamento

Jeito de se vestir como ferramenta de empoderamento feminino

Janaína Souzavê no styling e na consultoria de imagem uma forma de ajudar a melhorar a autoestima das mulheres

Máxima Digital Publicado em 28/02/2022, às 14h00

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Jeito de se vestir como ferramenta de empoderamento feminino - Divulgação
Jeito de se vestir como ferramenta de empoderamento feminino - Divulgação

O bordão do "reage, mulher, coloca um cropped" viralizou nas últimas semanas e se tornou sinônimo de como a forma de se vestir é fundamental para que as mulheres tenham amor-próprio.

E é justamente nisso que Janaína Souza, stylist e consultora de imagem, acredita e trabalha quando recebe um novo desafio. Para ela, a autoestima também está relacionada à aparência e o modo de se vestir faz toda a diferença nesse processo.

Para ela a imagem, personalidade e humor são transmitidos pelas roupas, o que inevitavelmente influencia na autoestima e visão de si perante o mundo, especialmente para grupos historicamente marginalizados como as mulheres. É com isso que a stylist Janaína Souza trabalha, sempre abordando a moda por um viés social e de inclusão, o que torna essa busca por representatividade de corpos fora do padrão na moda e beleza um de seus diferenciais. Para além dos estereótipos, o objetivo principal é ajudar na construção de uma imagem assertiva e estratégica de mulheres fortes, intelectuais e empreendedoras.

Além disso, outro diferencial de Janaína é a formação e experiência que ela possui em consultoria de imagem, o que os stylists não possuem necessariamente.

"Stylists em geral acabam usando os conhecimentos relacionados estritamente à moda e feelings. Meu trabalho reúne estes mesmos elementos, mas também é muito baseado em técnicas, alguns exemplos sendo teoria das cores, linhas, formas e formato", reforçou.

Consultora de imagem pós-graduada pelo Centro Universitário Belas Artes, ela atua na área desde 2019, e seu destaque no ramo do styling transcende a formação acadêmica. Através do viés social, uma marca de sua ética de trabalho, as clientes de Janaína são um reflexo de seus ideais. Ela respeita a personalidade e as peculiaridades de cada cliente, conforme o desejo de imagem da cliente, na consultoria de mulheres com questões reais. Já para clientes de styling, a estratégia seguiria o briefing do projeto, mas sempre por um viés que transmite poder e empoderamento, quebrando tabus.

"Quando se pensa em uma intelectual, vem à mente a ideia de uma mulher com saia tubinho preta e camisa social branca. Pode-se usar roupas coloridas e manter um tom formal, sem perder a elegância, e outras peças também", disse a especialista.

Janaína, ao focar na inclusão social da moda para mulheres marginalizadas, foca em trazer o mundo da beleza e das passarelas também para as mulheres negras. A consultora abraça a cultura negra e centraliza em tirar essas mulheres, igualmente fortes, de papéis estereotipados através das roupas, intensificando a imagem e a ideia de que mulheres negras podem e devem ser intelectuais e empreendedoras tão bem respeitadas quanto qualquer outra no mercado.

Personal Stylist de personalidades como Djamila Ribeiro, Helga Silva, Joyce Ribeiroe Joyce Berth, a consultora frisa que o serviço não se trata de uma mudança radical do estilo do cliente, e sim, de uma adaptação dentro dos seu desejo de imagem, personalidade e objetivos. Antes de traçar a estratégia de imagem para o cliente, sempre procura conhecer e entender o dia-a-dia e o estilo da cliente, dessa forma, consegue delinear com precisão quais cores, caimentos e modelagens melhor se encaixam dentro do perfil, para adequar a realidade da pessoa.

"As pessoas acham que a consultora de imagem vai mudar todo seu guarda-roupa, e não é isso", explicou.

Já trabalhou vestindo personalidades para programas dos canais Globosat, Trace TV e Discovery Turbo, assim como marcas tais quais Hyundai, Boticário e Loft.