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Dieta e Saúde / Lipo LAD

Morte de Liliane Amorim e desabafo de Thaynara OG: Os riscos que podem ser evitados numa lipoaspiração

Cirurgião faz alerta após morte de influencer após Lipo LAD e desabafo de Thaynara OG

Máxima Digital Publicado em 26/01/2021, às 15h39

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Cirurgião faz alerta após morte de influencer após lipo e desabafo de Thaynara OG - Reprodução/ Instagram
Cirurgião faz alerta após morte de influencer após lipo e desabafo de Thaynara OG - Reprodução/ Instagram

Não foi incomum ver influenciadoras e famosas fazendo procedimentos estéricos no corpo em 2020. O Brasil, inclusive, foi o país que mais realizou cirurgia plástica no mundo, desbancando os Estados Unidos e diversos países da Europa, segundo a Sociedade internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS). 

O desejo de obter beleza a qualquer custo tem resultados gravíssimos de erros em cirurgias plásticas e, em alguns casos, podem até mesmo levar ao óbito. Foi o caso da influencer Liliane Amorim.

A jovem de 26 anos morreu no último domingo, 24, após complicações de uma lipoaspiração na qual foi submetida dia 09 de janeiro. Segundo Dr. Luiz Haroldo Pereira, especialista em cirurgia plástica e pioneiro da lipoaspiração no Brasil e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, casos de erros em plásticas se deve a uma perigosa combinação de sociedades médicas clandestinas, pacientes desinformados e a ânsia por um corpo impecável.

"É necessária muita cautela e paciência na decisão de se submeter a um procedimento estético ou o sonho pode virar pesadelo. Toda cirurgia tem uma possibilidade pequena de insucesso, mas o problema é que tem muitos falsos cirurgiões plásticos despreparados e sem título de especialista realizando estas cirurgias. Recebo muitos pacientes com complicação de lipoaspiração e de gluteoplastia. Uns 30% dos meus pacientes são de correção de complicações.", afirma o médico.

Infelizmente, o caso de Liliane Amorim não é isolado. Após a morte da influencer, a empresária, apresentadora e também influenciadora, Thaynara OG, revelou que também teve complicações após realizar uma lipo LAD.

Em seu Instagram, ela contou que foi internada na UTI por uma semana em março do ano passado, após fazer o procedimento: "Poderia ter partido por uma besteira".

Dr. Luiz Haroldo faz alerta sobre os excessos em cirurgias plásticas, que devem-se muito pelo exagero na busca da perfeição: “Existem muitos charlatães que se aproveitam destas pessoas e prometem verdadeiros milagres. A lipoaspiração começou no Brasil em 1980 eu participei desta primeira cirurgia. É um procedimento seguro quando realizado por um profissional sério e especialista, em ambiente hospitalar. Não existe aparelho milagroso. A cirurgia depende do cirurgião. Não é o equipamento e sim quem manipula os mesmos. Toda cirurgia envolve risco e devemos informar aos pacientes.”

O médico ainda conta que as complicações que mais chegam a seu consultório são o de irregularidades, depressões, retiradas em excesso e assimetrias no caso de lipoaspiração e no caso de próteses mamárias são assimetrias, ptoses (queda das mamas), contratura capsular e cicatrizes inestética, além de infecção quando a cirurgia é realizada fora de um hospital ou de uma clínica especializada.

"Na maioria dos casos estes erros ocorrem quando os procedimentos são realizados por não cirurgiões plásticos. Eu costumo falar para os meus pacientes durante a consulta pré-operatória para nunca operarem com um cirurgião que nunca teve uma complicação, pois caso ocorra ele não sabe diagnosticar e nem tratar. Além disso é primordial sempre escolher um cirurgião especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), pois ele participa de congressos e teve uma boa formação", avalia o profissional.

Por fim, Dr. Luiz Haroldo Pereira reforça que o bom resultado já começa com a escolha do cirurgião e do cirurgião também escolher o paciente: "Muitas complicações são devidas a má indicação da cirurgia tanto da parte psicológica como da escolha destes pacientes. Um cirurgião plástico sério deve inibir exageros, respeitando os limites da medicina".